quinta-feira, 14 de abril de 2011

Evangelismo Bíblico - Lição 14

Lição 14

Os Dez Mandamentos (parte 10)
Por Ray Comfort
Tradução: Fernando Guarany Jr.

“Consideraria uma alegria maior ganhar uma alma para Cristo do que montanhas de prata e ouro.”
Matthew Henry
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Comentário de Kirk Cameron: Este é o último Mandamento em nosso estudo. Após completar esta lição, devemos revisar todas as dez para nos certificarmos de que entendemos a natureza espiritual da cada uma. Lembre-se: estes Mandamentos são o espelho que mostrarão às pessoas o seu pecado sob a verdadeira luz. Estude-os até memorizá-los. Elas se provarão armas valiosas ao falar com os perdidos.
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Perguntas e Objeções

“Já quebrei os Dez Mandamentos, mas faço coisas boas para as pessoas.”

Muitas pessoas fazem coisas parecidas: roubam de seu patrão ou sonegam impostos e, em seguida, fazem doações para instituições de caridade ou passam o Natal ajudando a distribuir cestas básicas para famílias carentes.  Acham que, assim, conseguirão equilibrar a balança: fazem algo mau e compensam fazendo algo de bom. Entretanto, a Bíblia revela que o motivo destes pecadores é um sentimento de culpa (Hebreus 9:14). Estão tentando subornar o Juiz do Universo. Contudo, neste caso, o Juiz não será corrompido. Ele punirá todos os pecadores. Não se ganha misericórdia através de boas obras, mas puramente pela graça de Deus. Ele perdoará nossa iniqüidade somente com base em nossa fé em Jesus.

Nesta lição, estudaremos o Décimo Mandamento:

“Não cobiçarás... coisa alguma de seu próximo” (Êxodo 20:17).

A cobiça talvez seja o mais sutil dos pecados. Parece pequeno se comparado ao adultério, roubo ou estupro. Entretanto, antes de uma pessoa roubar, ela cobiça. Antes de estuprar ou adulterar, ela cobiça. A cobiça é a faísca que faz o motor do pecado girar. É um pecado que se localiza próximo à superfície de todo ser humano. Poucas crianças se contentam com dez balas quando a criança ao lado ganha onze. A cobiça é companheira da inveja, ganância e lascívia. Foi esse silencioso pecado que achou lugar no coração do Rei Davi, mesmo rico e abençoado como era. Seus olhos de cobiça vagaram em direção à mulher de outro homem e abriram a porta para uma multidão de pecados.

Quantos de nós podem se levantar e dizer-se inocentes de nunca ter invejosamente desejado algo que pertence a outra pessoa? Seja uma casa, carro, salário ou estilo de vida, nossa cobiça revela falta de gratidão a Deus pelo que Ele já nos concedeu.  É por isso que as Escrituras admoestam-nos:  “ ...ter a vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes” (Hebreus 13:5). Aprenda a orar com o salmista: “Inclina os meus ouvidos aos teus testemunhos e não à cobiça. Desvia meus olhos para que não vejam a vaidade...” (Salmo 119:36, 37)
Matthew Henry disse: “O Décimo Mandamento atinge as raízes; não cobiçarás. Os outros proíbem todo o desejo de fazer mal ao próximo, mas, este último, proíbe todo desejo errado de ter aquilo que nos gratifica.”
Veja esta incrível citação de Martinho Lutero. Ela nos lembra da função e poder da Lei para revelar nossos pecados “escondidos”:

“Se o indivíduo não for um assassino, adúltero ou ladrão, ele jurará que é justo. Como Deus traz humildade a este tipo de pessoa a não ser pela Lei? A Lei é o martelo da morte, o trovão do inferno e o trovão da ira de Deus para derrubar os orgulhosos e hipócritas sem-vergonha. Quando a Lei foi instituída no Monte Sinai, ela veio acompanhada de raios, tempestade, sons de trombetas, para fazer em pedaços o monstro chamado auto-justiça. Enquanto o indivíduo achar que está certo, ele continuará incompreensivelmente orgulhoso e presunçoso. Vai odiar a Deus, desprezar Sua graça e misericórdia e ignorar as promessas de Cristo. O Evangelho do perdão gratuito através de Jesus Cristo nunca fará sentido para sua auto-justiça. Este monstro da auto-justiça, esta besta teimosa, precisa receber um golpe de machado. E é isso que a Lei é: um grande machado. Assim sendo, o uso e a função corretos da Lei é ameaçar até que a consciência esteja dura de medo.”

A Lei é importante para alertar aos culpados deste “inofensivo” pecado que de acordo com as Escrituras: “Ninguém que cobice ou é idólatra herdará o reino de Cristo e Deus” (Efésios 5:3, 5). Ao cobiçar, o individuo transgride não apenas o Décimo, mas também o Primeiro e Segundo Mandamentos. Quando ama bens materiais mais do que a Deus, está colocando suas afeições no presente e não Naquele que o Deu. Que pai não se entristeceria se seu filho amasse seus brinquedos mais do que ele, que lhe deu os brinquedos? Os filhos devem amar seus pais acima de qualquer posse. Devem amar aquele que deu o presente mais do que o próprio presente – e contentar-se com o que tem.

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Perguntas

1. O que significa cobiçar?
2. Por que o sutil pecado da cobiça é tão perigoso?
3. Qual o antônimo de cobiça? (Veja Hebreus 13:5.)
4. O que podemos aprender no Salmo 23 sobre este pecado?
5. Existem áreas onde você é culpado deste pecado?
6. Por que você acha que a cobiça é algo tão comum?

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O Pregador

Phil Ósofo: Percebo que és uma pessoa religiosa que vive distribuindo tal literatura.

Cristão: Sim, senhor.

Phil Ósofo: Não acreditas nisto de verdade, acreditas?

Cristão: Claro que acredito.

Phil Ósofo: Já foi provado que a Bíblia está cheia de erros.

Cristão: Cite um.

Phil Ósofo: Não me lembro de nenhum neste instante, mas é fato sabido que os manuscritos têm mudado com o passar do tempo.

Cristão: Não, eles não têm mudado. Os Papiros do Mar Morto provaram isso.

Phil Ósofo: De qualquer forma, prefiro por minha confiança em fatos provados pela ciência do que em um livro antigo cheio de mitos.

Cristão: Você sabia que a Bíblia está cheia de fatos científicos e médicos escritos centenas de anos antes da humanidade descobri-los?

Phil Ósofo: Não, não sabia.

Cristão: O fato deles existirem na Bíblia prova que ela é sobrenatural em sua origem. E não apenas isso, a Bíblia também está cheia de profecias que são 100% corretas.

Phil Ósofo: E Nostradamus e suas profecias?

Cristão: Nostradamus lia a Bíblia em segredo, roubava suas profecias e as apresentava como se fossem dele.  Qualquer pessoa ignorante em relação às profecias da Bíblia ficará impressionado com as “profecias” de Nostradamus.

Phil Ósofo: Minha filosofia de vida é que devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados.

Cristão: Estas são palavras de Jesus. Você tem feito isso?

Phil Ósofo: Feito o que?

Cristão: Tratado os outros como gostaria de ser tratado.

Phil Ósofo: Ah, tenho, sim.

Cristão: Já mentiu para alguém?

Phil Ósofo: Já.

Cristão: Já roubou algo de alguém?

Phil Ósofo: Sim.

Cristão: Já que você mentiu e roubou de outras pessoas, não tratou os outros como gostaria de ser tratado. Não tem conseguido viver de acordo com sua própria filosofia de vida. Sabe de que chamamos isso?

Phil Ósofo: De que?

Cristão: De hipocrisia. Se Deus jugá-lo pelos Dez Mandamentos no Dia do Julgamento – levando em conta que você é um ladrão mentiroso, culpado de hipocrisia – e que nenhum hipócrita entrará no céu – você acha que será culpado ou inocente?

Penas para Flechas

Anos atrás, a polícia do Sul da Califórnia conduziu uma operação interessante para capturar criminosos. Havia uma lista de centenas de criminosos procurados que, de alguma maneira, estavam fora da cadeia. Ao invés de arriscar suas vidas tentando prender cada um deles por vez, os policiais enviaram-lhes cartas informando que haviam ganhado um grande montante de dinheiro em um sorteio.

A polícia colocou faixas e cartazes em um prédio, e pôs balões e até mesmo um palhaço na porta para criar uma atmosfera festiva e dar as boas vindas aos “ganhadores”. Quando cada criminoso entrava no prédio, ouvia música e outros sons de comemoração. Em seguida, era conduzido a uma sala onde sorria e recebia um aperto de mão. Seu semblante mudava no momento em que ouvia a frase: “Parabéns! Acabou de ganhar um longo tempo na prisão!” Dezenas de criminosos entraram por aquela porta, foram presos e conduzidos à cadeia pela porta dos fundos.

É curioso percebermos o que muitos dos meliantes admitiram ao serem presos: “Achei mesmo que era uma armadilha da polícia!” Mas, não conseguiram evitar a prisão por causa de sua ganância. Seu amor ao dinheiro os tinha cegado a razão. Não seja como eles. Pense profundamente sobre a eternidade, perguntando-se: “Do que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
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Palavras de Conforto

Há alguns anos, fiquei com muita pena de um vizinho meu. O pobre homem gastou um longo tempo e muito dinheiro despejando concreto, hora após hora, noite após noite, semana após semana, com o intuito de construir uma grande calçada para sua nova casa. O resultado final ficou lindo – até começar a chover. Poças d’água se formaram por todo canto.

Assim, ele pegou uma marreta e passou hora após hora, noite após noite, semana após semana, transformando a calçada em pedacinhos, os quais ele colocou em seu trailer e levou em várias viagens até o depósito de lixo da cidade.  Depois disso, ele agiu rapidamente, comprou mais cimento, gastou hora após hora, noite após noite, semana após semana laboriosamente despejando concreto.  Por vários dias, ouvimos  o som de sua betoneira fazendo concreto enquanto nosso vizinho tentava retificar seu erro.

Finalmente, a obra foi concluída. O calçamento ficou ainda melhor que o primeiro. Podia-se até dizer que parecia que um profissional o havia feito... até começar a chover e as poças reaparecerem, revelando-se apenas ligeiramente mais rasas que a anterior.

Aí, ele se mudou.
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Versículo para Memorização

“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo.
Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.”
1 João 2:15
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Últimas Palavras

Anne Boleyn (1507-1536), segunda esposa de Henrique VIII:

“Ó Deus, tende piedade da minha alma. Ó Deus, tende piedade da minha alma.”

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