quinta-feira, 14 de abril de 2011

Evangelismo Bíblico - Lição 12

Lição 12

Os Dez Mandamentos (parte 8)
Por Ray Comfort
Tradução: Fernando Guarany Jr.

“A graça nada significa para a pessoa que não sabe que é pecadora e que isso significa estar separada de Deus e condenada. Assim, é inútil pregar a graça até que as impossíveis exigências da Lei e a realidade da culpa perante Deus sejam pregadas.”
John MacArthur

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Comentário de Kirk Cameron: Este Mandamento realmente serve para acordar a consciência. É maravilhosamente efetivo para alertar os indivíduos em relação à séria condição de seus corações. Lembre-se: roubar coisas miúdas também significa roubar.

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Perguntas e Objeções

“Será que não há circunstâncias em que violar a Lei de Deus se justifica?”

Imagine que a esposa de um homem está morrendo e precisa de um remédio que só há em uma farmácia, a qual está fechada. Eles estão longe demais de qualquer hospital, e o homem não teria dinheiro para comprar o remédio mesmo que a farmácia estive aberta. Então, ele a arromba durante a noite, rouba o remédio (mas não mexe em mais nada) e salva a vida de sua esposa. Isto é moralmente correto? Isto é pecado?

A Bíblia diz:

“Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a fome? E, se for apanhado, pagará sete vezes tanto, dando até todos os bens de sua casa.” Provérbios 6:30, 31

            Mesmo que alguém roube para salvar a vida de sua [própria] esposa, ainda assim, isto é roubo. Ele é, portanto, culpado de quebrar tanto a lei dos homens quanto a Lei de Deus. Entretanto, qualquer juiz com bom senso levaria em conta o motivo de sua transgressão e seria misericordioso. Obviamente, Deus fará o mesmo no Dia do Julgamento com aqueles que se encontrarem nessa mesma situação.  Deus fará o que é certo. Entretanto, se nos aprofundarmos mais um pouco no motivo da pessoa que pergunta se quebrar a Lei de Deus é justificável, provavelmente descobriremos que nem ela nem um de seus entes queridos estão correndo risco de morte; Ela está apenas criando cenários imaginários para tentar justificar seu amor ao pecado.

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Nesta unidade, estudaremos o Oitavo Mandamento:

Não roubarás” (Êxodo 20:15).

A maioria das pessoas não acha que Deus considere roubo como roubo até o valor envolvido O impressione. Entretanto, se abrir sua carteira e tirar nem que seja um real, sou um ladrão, e a Bíblia diz que os ladrões não entrarão no reino de Deus. O que valeria a pena roubar pela perda de sua alma? Jesus perguntou: “Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mateus 16:26).

É uma triste prova da maldade que há no coração humano quando o mundo honra uma pessoa honesta. [Por exemplo,] alguém acha uma carteira cheia de dinheiro e devolve ao dono – sai em rede nacional. É raro um ser humano fazer o que deve. O roubo facilmente nos atrai porque nosso pai espiritual é um ladrão. Veio para matar, roubar e destruir – e a vontade dele, de bom grado fazemos... e a adoramos. Quando era criança, usava um arpão de pesca amarrado a um pedaço de corda para acertar as maças no quintal de meu vizinho e puxá-las pela cerca para nossa propriedade. Tínhamos maçãs em casa, mas as maçãs roubadas pareciam mais doces.

Não percebemos como o pecado rasteja à porta do coração humano. Muitos nem sequer imaginariam-se roubando algo até a tentação aparecer. Tome, por exemplo, a situação do dia 14 de maio de 1993, em Chicago, quando $600,000 (seiscentos mil dólares) caíram de uma carro blindado no meio de uma rodovia [nos Estados Unidos]. Diversos motoristas sobressaltados pararam seus carros rapidamente e encheram seus bolsos de notas. Vários motociclistas foram vistos abarrotando seus capacetes de dinheiro e arrancando à toda velocidade. Dois paramédicos entregaram $ 120,000 (cento e vinte mil dólares) à polícia. Fizeram isso simplesmente porque acreditavam ser dinheiro de tráfico de drogas e, portanto, com “notas marcadas.” Perto de $ 450,00 (quatrocentos e cinqüenta) mil dólares estão desaparecidos até hoje.
 
Geralmente, os pecadores mergulham de cabeça no reino da fantasia para tentar justificar seus roubos. Dizem assim: “Quer dizer que você está me dizendo que se um homem rouba um pedaço de pão para alimentar suas crianças famintas Deus chama isso de roubo?” A resposta é sim. É roubo e a Bíblia diz que ele fará restituição por seu crime. Se alguém estiver com fome, a pessoa deve pedir antes de roubar. Os pecadores geralmente admitem ter roubado, mas dizem que foi apenas uma “barrinha” de chocolate quando era criança. Ou admitem ter roubado apenas uma vez na vida, mas já se regenerou. Estes indivíduos precisam ser informados do fato que o tempo não perdoa pecados, e que Deus ainda vê os pecados de ontem como se fossem cometidos hoje. Cale as bocas de tais indivíduos usando a Lei (Romanos 3:19). Mostre-lhes que a única saída para escapar às terríveis conseqüências do pecado é a Porta do Salvador. Deixe o furacão da ira da Lei de Deus soprar as folhas de sua auto-justiça para longe deles. Levem-nos a admitir sua transgressão pelo nome – que são ladrões. Em seguida, mostre-lhes e peça que leiam 1 Coríntios 6:9, 10.

Charles Finney disse: “Esta Lei, portanto, deve ser apontada com toda sua majestade contra o egoísmo e inimizade dos pecadores. Todos sabem que pecaram, mas nem todos estão convencidos da culpa e merecida punição que traz o pecado. Mas, sem isso, não conseguem entender ou ser gratos pelo método de salvação do Evangelho. Chega deste tipo de pregação água com açúcar que foca apenas no amor de Cristo sem santidade ou discriminação moral em si. Chega de pregar o amor de um Deus que não se ira com os pecadores a cada dia.”



Perguntas

1. Por que o valor do item roubado é irrelevante?
2. O que o fato de alguém devolver uma carteira achada na rua cair nas manchetes dos jornais revela sobre a natureza humana?
3. É errado alguém roubar para matar sua fome?
4. Como você reagiria se visse um milhão de dólares voando pela rua?
5. O que impediria você de roubar o dinheiro?
6. Por que não é suficiente para um ladrão se auto-regenerar?

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O Pregador

Cristão: Como vai?

Robin Banks: Ótimo. E você?

Cristão: Bem. Você sabe de alguma boa igreja por aqui?

Robin Banks: Não. Faz anos que não vou à igreja.

Cristão: Você vem de família cristã?

Robin Banks: Sim. Ia à escola dominical, mas parei de ir quando comecei a crescer.

Cristão: A propósito, me chamo Cristão. Qual é o seu nome?

Robin Banks: Robin Banks.

Cristão: Prazer em conhecê-lo. Você se considera uma boa pessoa... quer dizer, você tem guardado os Dez Mandamentos?

Robin Banks: Tenho, tenho.

Cristão: Você já contou alguma mentira?

Robin Banks: Já.

Cristão: De que chamamos alguém que mente?

Robin Banks: De mentiroso.

Cristão: Você roubou alguma coisa na vida?


Robin Banks: Você está querendo fazer com que me sinta culpado.

Cristão: É mesmo. Qual Mandamento faz com que se sinta culpado – “Não dirás falso testemunho”?

Robin Banks: Não.

Cristão: “Não roubarás?”

Robin Banks: Realmente não quero mais falar nisso.

Cristão: Desculpe. Realmente não quis ofendê-lo. Você trabalha em que?

Robin Banks: Eu...hã...trabalho num banco. Tenho que ir. Tchau...”

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Palavras de Conforto

Certa vez, fiz um banco de uns quatro metros e meio para um ônibus que havia adquirido. Fiquei muito contente, pois, pela primeira vez, deu tudo certo. Então, concentrei minhas energias para fazer o outro banco para o outro lado do ônibus. Estava determinado a não estragar tudo desta vez, então fiz o segundo idêntico ao primeiro. Fiz uma réplica exata, sabendo que não poderia dar errado se assim a fizesse. Foi apenas no momento em que o levantei e tentei girá-lo para colocá-lo no outro lado que me dei conta de meu pequeno erro. Foi um bum! quando o banco bateu em alguma coisa. É que ele tinha quatro metros e meio de comprimento, mas o ônibus possuía apenas três de largura – não consegui girar o banco para colocá-lo do outro lado.

            Amava aquele ônibus. Colocamos versículos da Bíblia por fora e pintei uma grande figura de um homem em um caixão na parte de trás dele. Por trás do desenho do homem, havia pilhas de dinheiro desenhadas e abaixo disso, lia-se: “Do que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Por alguma razão, nunca havia muitos motoristas dirigindo colados na traseira de nosso ônibus.

            Era um ônibus bem grande. Na verdade, era tão grande que enquanto eu controlava o volante, Sue controlava os pedais. Um dia, dirigia pela cidade e me vi em uma situação que teria que fazer uma curva bastante fechada. Cuidadosamente verifiquei os retrovisores e dei marcha à ré. Então, ouvi um barulho que jamais esquecerei: um sonoro Ne-ne-ne-ne-ne-ne-ne! Seguido por um barulho de algo sendo arrastado. Olhei pelo retrovisor novamente, mas nada vi. Avancei. Outra vez ouvi o misterioso barulho de algo sendo arrastado, então, encostei logo após a esquina para verificar o que poderíamos estar arrastando. Subitamente, ouvi alguém batendo na porta do ônibus desesperadamente. Abri a porta e vi um jovem com o rosto pálido. Ele havia para diretamente atrás do ônibus em um carro bem pequenino, quando o caixão com a frase “Do que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” começou a mover-se em sua direção. Ele ficou buzinando Ne-ne-ne-ne-ne-ne! enquanto o ônibus arrastava-se por cima de seu capô – avançando com o cadáver, o caixão e a passagem bíblica direto para o seu pára-brisas. Coitado do rapaz!

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Versículo para Memorização
 
“Do que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
 
Marcos 8:36, 27

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Últimas Palavras

Sócrates (470-309 A.C.), filósofo grego de quem Platão se orgulhava tanto:

“Toda a sabedoria deste mundo não passa de uma minúscula jangada sobre a qual devemos velejar quando deixarmos este mundo. Se, pelo menos, pudesse existir um fundamento mais firme sobre o qual velejar, quem sabe uma palavra divina.”

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Tradução: Fernando Guarany Jr.
www.EvangelismoBiblico.com.br

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