quarta-feira, 13 de abril de 2011

Evangelismo Bíblico - Lição 10

Lição 10

 Os Dez Mandamentos (parte 6)
Por Ray Comfort
Tradução: Fernando Guarany Jr.

“Se não colocares o pecado à morte, terás o pecado até morrer. Não há alternativa. Se não morreres para o pecado, morrerás pelo pecado. Se não matares o pecado, o pecado te matará.”
Charles Spurgeon

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Comentário de Kirk Cameron: Todos concordam que assassinato é um pecado muito sério. Muitos de nós acham que estão livres deste Mandamento. Mas, do ponto de vida de Deus, nem você, nem eu somos tão inocentes assim. Esta é uma lição para levar-nos à lucidez.

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Perguntas e Objeções

“Se o aborto não tivesse sido legalizado, teríamos muitas garotinhas pobres fazendo abortos às escondidas e caindo na mão de açougueiros de fundo de quintal. Pelo menos, desta maneira, elas recebem aconselhamento.”

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Tem razão. Pense nos pobres assassinos que estão condenados a ter que cometer assassinatos às escondidas. Precisamos legalizar o assassinato também! Assim, poderão matar em um ambiente limpo, agradável e seguro. Não terão mais que se sujar com o sangue que pode causar doenças, e se pudermos oferecer aconselhamento, eles não terão trauma pós-homicídio pelas escolhas que fizeram.

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            Nesta lição, observaremos o Sexto Mandamento, e o que significa à luz da revelação do Novo Testamento:

“Não matarás”
Êxodo 20:13

            À fraca luz de sua ignorância, o mundo vê o Sexto Mandamento e se auto-proclama: “Inocente.” Entretanto, Deus exige a verdade no interior (Salmo 51:6). Em outras palavras, Ele vê os pensamentos – as intenções, as motivações de cada ser humano. Se a lei civil conseguir provar que alguém está planejando assassinar o Presidente, a pessoa pode ser processada e severamente punida. Esta lei, entretanto, é limitada em sua busca por evidências, pois não pode ver o que as pessoas pensam. Mas, não é assim com o olho de nosso Criador, que tudo vê. Sua Lei sonda o coração e Ele enxerga os “maus pensamentos.” O simples fato de pensar em alguém de maneira odiosa já se qualifica como transgressão do Sexto Mandamento.
           
Jesus disse: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e quem matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo.” (Mateus 5:21, 22). A Bíblia acrescenta ainda que se odiarmos alguém, somos assassinos (1 John 3:15). Há muitos que gostariam de matar alguém, mas não o fazem por medo de punição. Contudo, Deus já os tem como culpados de assassinato.

            Mesmo que não tenhamos pensamentos de fisicamente assassinar alguém que odiamos, há uma outra maneira pela qual podemos desejar sua morte. João 8:44 diz o seguinte a respeito do diabo: “ele é homicida desde o princípio.” Apesar de Satanás não ter saído matando as pessoas fisicamente desde o principio, ao tentar Adão e Eva, conseguiu trazer morte espiritual a toda a humanidade através do pecado (veja Romanos 5:12). Se odiarmos a alguém, o último pensamento em nossas mentes será o de compartilhar o evangelho com essa pessoa. Neste sentido, nós também nos tornamos assassinos, desejando a morte eterna da pessoa, por não darmos a ela as Palavras da Vida.

            Alguns estados têm leis [nos Estados Unidos] que declaram que o indivíduo que presenciar um crime e nada fizer para impedi-lo torna-se cúmplice. Do mesmo modo, Deus nos declara culpados de assassinato se ficarmos apenas observando, sem nada fazer, enquanto alguém caminha para a morte eterna. Deus requererá seu sangue de nós (veja Ezequiel 3:18).

            Sessenta pessoas são assassinadas por dia nos Estados Unidos (as estatísticas do FBI revelam uma média de 20,000 assassinatos por ano). O homicídio tem se tornado tão comum que quase não é mais mencionado nos noticiários.

            Algum tempo atrás, Thomas Lyndon Jr de Rocky Point, Long Island, confessou ter assassinado uma mulher durante um assalto. Admitiu ter colocado a ponta de sua faca de caça (de quatro polegadas) contra a garganta da senhora e, em seguida, “enfiado um pouquinho de cada vez” até ela começar a se debater e lutar por sua vida. Veja o que ele disse ter feito após a vítima, Lea Greene. parar de se mover: “Eu contei as batidas de seu coração por curiosidade de ver quanto tempo ela levaria para morrer... Sabia exatamente o que estava fazendo... Sabia que era contra a lei... Senti-me poderoso – invencível, sabe?” Quão verdadeiras as palavras de Charles Spurgeon, o Príncipe dos Pregadores: “Vejam a natureza caída do ser humano. Whitefield costumava dizer que era meio animalesca e meio demoníaca. Eu me pergunto se tanto os animais quanto os demônios não se sentiriam ofendidos ao ser comparados com as pessoas quando elas são entregues a si mesmas.”

            Nos dias atuais, o aborto é uma ocorrência comum. Muitas pessoas tentam convencer-se de que uma criança ainda não nascida não é nada além de uma “porção de tecido”, tornando aceitável o fato de destruí-la. Mas, aos 21 dias de gestação, o coração da criança já apresenta batidas e, aos quarenta dias, ondas cerebrais já podem ser medidas. Se pelo nosso critério médico a vida acaba quando não há batimento cardíaco ou atividade cerebral, então, certamente, havendo sua presença, podemos defender que a vida começou. A Bíblia claramente nos alerta que tirar a vida de pessoas que estão por nascer é assassinato: “Não me matou no ventre de minha mãe. Assim minha mãe teria sido a minha sepultura.” (Jeremias 20:17), e Deus prometeu punir aqueles que “porque fenderam o ventre às grávidas” (Amós 1:13). Deus, o Criador da vida, ordenou: “Não derrameis sangue inocente” (Jeremias 7:6).

           
Algumas pessoas comparam a pena de morte a assassinato e citam a ordenação de Jesus para amarmos nossos inimigos (Mateus 5:44) como evidência de que Ele não endossava a pena de morte. Entretanto, não é porque amamos um inimigo que isso nos dá o direito de permitir que ele escape da punição por assassinato. A Bíblia diz: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. . . Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz a espada em vão; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra aquele que pratica o mal.” (Romanos 13:1-4)

            A Bíblia diz que qualquer pessoa que deliberadamente tirar a vida de alguém deve perder a sua também: “Todo aquele que matar alguém, será morto conforme o depoimento de testemunhas; mas uma só testemunha não deporá contra alguém, para condená-lo à morte. Não aceitareis resgate pela vida de um homicida que é réu de morte; porém ele certamente será morto.” (Números 35:30, 31). Gênesis 9:6 diz: “Quem derramar sangue de homem, pelo homem terá o seu sangue derramado; porque Deus fez o homem à sua imagem.” Isto mostra quanto valor a vida humana tem para Deus. A seriedade de um crime é revelada na punição aplicada ao criminoso. É interessante perceber que quando Timothy McVeigh, autor das explosões na cidade de Oklahoma foi condenado à pena de morte, 250 parentes das vítimas por ele assassinadas pediram para assistir a execução. Seu desejo de ver a justiça feita testifica do valor que tinham para eles seus entes queridos. Apesar de alegações contrárias, a pena de morte detém sim o crime. A pessoa executada nunca mais conseguirá matar alguém.

            Ainda assim, há líderes cristãos respeitáveis cuja consciência não permitirá que defendam a pena de morte com a preocupação de que pessoas inocentes possam vir a ser vítimas de um sistema de justiça ímpio. Essa é a razão pela qual há um esforço tão grande para averiguar a culpa dos acusados no caso de crimes cuja pena é a morte. De qualquer forma, apesar das imperfeições da lei civil, a Bíblia nos ensina a nos submeter às autoridades.

            Foi Deus que instituiu a pena de morte no início. O juiz do Universo decretou a sentença de morte sobre toda a humanidade quando disse: “A alma que pecar, morrerá” (Ezequiel 18:20).

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Perguntas

1. Por que a lei civil é limitada no que diz respeito a processar criminosos?
2. A maioria das pessoas alegará inocência em relação ao Sexto Mandamento. Explique a perspectiva de Deus para esta questão.
3. Por que Deus considera o ódio como assassinato?
4. Existe alguém que você deteste a ponto de não querer vê-lo no céu? Você acha que Deus o considera assassino por isso?
5. Você acha que Deus vê o aborto como assassinato? Por quê ou por quê não?
6. A Bíblia considera a pena de morte o mesmo que assassinato? Por quê ou por quê não?

O Pregador


Ben Gay: Ei, Cristão, eu sou gay e a ciência já provou que eu nasci assim.

Cristão: É verdade. Eu também nasci com tendências homossexuais.

Ben Gay: Hã!?

Cristão: Também nasci com uma tendência a mentir, roubar, cometer adultério e fornicação. Isso se chama “pecado” e existe em cada um de nós.

Ben Gay: Então, você está querendo dizer que irei para o inferno só porque sou homossexual?

Cristão: Nem mesmo mencionei o inferno. Para onde acha que você acha que vai quando morrer?

Ben Gay: Para o céu.

Cristão: Por quê?

Ben Gay: Porque sou uma boa pessoa.

Cristão: Você quer fazer um pequeno teste para ver se é bom mesmo?

Ben Gay: Quero.

Cristão: Já contou alguma mentira? Roubou? Usou o nome de Deus em vão?


A Bíblia nos diz que a Lei Moral foi feita para homossexuais (veja 1 Timóteo 1:8-10). Se usarmos a Lei para evangelizar, não precisaremos nem mencionar “preferência sexual”, e não corremos o risco de ser processados por “preconceito.” A Lei mostra ao homossexual que está condenado apesar de sua preferência sexual. Quando ele se arrepender verdadeiramente e pôr sua fé em Jesus, Deus retirará [dele o] espírito imundo e o dará um novo coração com novos desejos.
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Palavras de Conforto

Em Lakewood, Califórnia, um homem que havia lançado quatro bolas de golfe para dentro do lago do clube de golfe concluiu que não era mesmo um golfista talentoso. Estava tão irritado com suas tentativas [mal-sucedidas] que jogou sua bolsa de golfe dentro do lago e dirigiu-se ao seu carro irritado. As pessoas que ali estavam acharam que ele tinha mudado de idéia ao vê-lo voltando, entrando no lago e procurando pela bolsa. Ao encontrá-la, vasculhou seus bolsos até encontrar as chaves de seu carro. Finalmente, após encontrar as chaves, retornou ao automóvel deixando a bolsa de golfe lá no lago mesmo.


Versículo para Memorização

“Todo o que odeia a seu irmão é homicida;
e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.”

1 João 3:15

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Últimas Palavras

Edith Louisa Cavell (1865-1915) foi uma enfermeira britânica martirizada pelos alemães por abrigar refugiados britânicos. Prestes a morrer, disse:

“Ao parar às vistas de Deus e da eternidade, como o faço neste momento. . . Percebo que patriotismo não é suficiente. É preciso não ter ódio nem rancor contra quem quer que seja.”

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Tradução: Fernando Guarany Jr.
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